Squirting. Saiba tudo sobre a ejaculação feminina
Será que você sabe o que é squirting? Te explicaremos como ocorre o processo da ejaculação feminina e as suas particularidades. Clique e confira!
A ejaculação feminina, também conhecida como "squirting", virou um assunto quente nos últimos anos. Na sociedade machista e patriarcal, o sexo foi construído muito mais para agradar o homem cisgênero. Mas quem tem ppk também quer sentir prazer! O orgasmo feminino está finalmente deixando de ser um estigma, então é hora de encará-lo como uma parte importante da nossa saúde sexual. Mas será que é preciso ejacular igual aos caras para chegar ao ápice?
O que é squirt?
"Squirting" - um dos nomes que se dá à ejaculação feminina - vem do inglês, que significa esguichando.
A ejaculação feminina é descrita como um jato incolor e sem cheiro que pode molhar bastante a cama e, muitas vezes, está associada ao orgasmo.
No entanto, segundo a ginecologista Rebeca Gerhardt, os cientistas não têm muitas respostas sobre como é a ejaculação feminina. Na verdade, eles não sabem nem se essa liberação de líquido pelas glândulas da vagina é, de fato, ejacular. Afinal, diferente da ejaculação masculina, a feminina não tem uma função biológica.
"A gente não precisa ejacular. O homem ejacula pois precisa jogar o seu gameta dentro da nossa pelve para fecundar o óvulo", explica a médica.
Ela destaca que sexo não precisa estar associado com gravidez, é claro. Já passamos dessa fase, né? Sexo dá prazer, seja sozinha ou acompanhada. E é muito saudável! No entanto, algumas meninas ficam na expectativa de que mulher ejacula e acabam esperando por esse momento. E é aí que a gente precisa tomar cuidado.
"Não é preciso liberar líquido pela vagina para ter um orgasmo. Um orgasmo é uma sensação intensa que vem em pico, seguida por um relaxamento. Não é preciso focar em ejacular", diz a ginecologista.
E também não é preciso focar em ter um orgasmo todas as vezes. A atividade sexual por si só vale a pena quando é prazerosa, mesmo se você não gozar intensamente sempre que estiver dando uns amassos, recebendo sexo oral ou transando com penetração. Sexo sem pressão é muito mais gostoso.
Ejaculação feminina ocorre para todas as mulheres?
O que os cientistas sabem é que a mulher não ejacula igual ao homem. No entanto, se o "squirting" já rolou com você e foi bom, sorte sua!
E se não rolou, também tá tudo certo! Inclusive, a dra. Rebeca afirma que a ejaculação feminina nem sempre vem acompanhada de um orgasmo. O foco tem que estar em sentir prazer, sozinha com a masturbação ou com uma pessoa de confiança, com quem você se sinta à vontade e de quem esteja a fim.
Mas se liga: é importante não confundir ejaculação com lubrificação. Para que o sexo seja mais gostoso, a ppk precisa estar lubrificada. A ppk molhadinha é um sinal de desejo e vontade. A secura vaginal, por outro lado, pode indicar que você não está tão a fim e tornar o ato desconfortável e pouco prazeroso.
Como estimular o
Buscar a ejaculação feminina não deve ser a sua principal meta, viu? Sexo vai muuuito além disso. Maaass, se você tem curiosidade para saber como é essa sensação, algumas práticas podem te ajudar a estimular o squirting, como:
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Masturbação: quando você se estimula, consegue entender melhor os pontos e os movimentos que te dão mais prazer. Use seus dedos e, claro, tenha o seu amigo vibrador.
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Relaxamento: é essencial que a mente e o corpo estejam bem relaxados, para que você possa curtir o momento.
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Exercícios pélvicos podem te ajudar a ter um maior controle sobre a sua ppk, além de vários outros benefícios para a sua saúde.
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Hidrate-se: isso ajuda na redução natural do atrito do seu corpo e permite que você expulse o esguicho sem irritação.
A moral da história é a seguinte: use e abuse da sua vontade de transar e só o faça se estiver a fim mesmo. Mas não precisa encanar com o "squirting", ele não é indispensável 😉
Tati Barros
Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.