Sororidade

Dezembro vermelho é o mês para falar sobre AIDS e HIV

Tati Barros
13 Nov, 2023
4 min. de leitura
Ilustração de mulher com símbolo do dezembro vermelho

Explicaremos como ocorre a campanha Dezembro Vermelho que marca a mobilização nacional na luta contra infecções sexualmente transmissíveis.

Você, provavelmente, já ouviu falar da epidemia da aids, nas décadas de 80 e 90. Na época, milhares de pessoas morreram precocemente pela doença que, de forma totalmente preconceituosa, era vista como o “câncer gay”. Mas será que você já ouviu falar em Dezembro Vermelho?

 

Bom, antes de explicar melhor porque o último mês do ano ganhou essa coloração, vale dizer que essa visão preconceituosa sobre a aids ficou lá no passado

 

Hoje, sabe-se que o vírus do HIV, que causa a aids, está descentralizado – e não focado em um perfil, como aconteceu no começo da doença. Atualmente, e há vários anos, na verdade, o HIV atinge diferentes faixas de idade, gêneros, estados civis e orientações sexuais. 

 

E é para trazer mais conscientização sobre essa questão de saúde pública mundial que foi criado o Dezembro Vermelho.

 

Ilustração de mulher com símbolo da campanha dezembro vermelho. Ela está sentada sobre uma mão.

 

O que é Dezembro Vermelho

Assim como existe o Setembro Amarelo e o Outubro Rosa, foi instituído que o Dezembro Vermelho seria o mês de conscientização e mobilização da luta contra o vírus HIV, a aids e outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).

 

Para isso, são realizadas diversas campanhas pelo país, com o objetivo de chamar a atenção para a importância da prevenção das ISTs, além de promover a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o vírus HIV.

 

Como funciona a campanha Dezembro Vermelho

A campanha do Dezembro Vermelho é composta por diversas atividades realizadas por ONGs, organizações públicas ou instituições privadas, sempre alinhadas aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Algumas das ações que costumam ser promovidas no Dezembro Vermelho são:

 

 
  • Iluminação de prédios públicos com luzes de cor vermelha;

  • Palestras sobre o tema do HIV e aids;

  • Atividades educativas visando esclarecer as formas de transmissão do vírus HIV e como se prevenir;

  • Campanhas em diferentes veículos de mídia;

  • Entre outros.

 

 

Dia internacional da luta contra a AIDS

O dia de dezembro é a data escolhida para marcar a Luta Internacional Contra a Aids. E se você pensa que essa é uma doença do passado ou que não atinge os jovens hoje em dia, passou da hora de mudar completamente essa visão.

 

E trazemos dados para te alertar ainda mais! 

 

Apenas em 2021, 40,8 mil casos de HIV e outros 35,2 mil casos de aids foram notificados no Brasil, de acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/aids do ano passado.

 

E quer saber o mais preocupante disso tudo? Mesmo o SUS garantindo gratuitamente o tratamento antirretroviral para todos os infectados pelo vírus HIV, entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). Não dá pra vacilar, gente! Esse é um problema real e que está muito mais perto da gente do que imaginamos. Não deixem de usar camisinha!

 

HIV X AIDS

É importante destacar que ter HIV não é o mesmo que ter aids, tá? Graças, especialmente, aos tratamentos que o SUS oferece, é muito comum que as pessoas portadoras de HIV, chamadas de soropositivos, vivam anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, que é a aids.

 

A transmissão do vírus ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são tomadas as devidas medidas de prevenção.

 

Se você teve algum comportamento de risco, não deixe de fazer o exame de sangue que detecta HIV!

 

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.

 

A Kimberly-Clark Brasil não oferece garantias ou representações quanto à integridade ou precisão das informações. Estas informações devem ser usadas apenas como um guia e não devem ser consideradas como um substituto para aconselhamento médico profissional ou de outro profissional de saúde.